sexta-feira, 13 de março de 2009

Porta encerrada

A empresa PRAFIL, sediada em Paços da Serra, deste Concelho, tem sido noticia por duas más razões.
A primeira porque se diz que já não paga salários há já alguns meses, o que é caótico para os trabalhadores, com necessidades de sobrevivência cada vez maiores, para os seus donos, que podem estar a assistir ao desaparecimento de uma empresa a que dedicaram décadas de vida e para o Concelho de Gouveia, que pode vir a ser fustigado com mais despedimentos e extinções de postos de trabalho.
As suas portas ainda não estão encerradas, mas ninguém tem dúvidas de que só se lhes vê uma pequena fresta entre-aberta... A ver vamos!
A segunda porque a situação da fábrica, que todos deviam encarar com seriedade e responsabilidade, tem sido aproveitada como um instrumento de arremesso politico do mais ignóbil que há.
Um cidadão chamado Augusto Manuel Pereira dos Santos, que diz ser titular do BI. 6473856 (como se alguém quisesse saber disso...) e que é trabalhador da Empresa, parecendo brincar com a sua desgraça, resolveu aproveitá-la publicamente - através de dois escritos no Noticias de Gouveia - para desferir ferozes e injustificados ataques ao Presidente da Câmara.
Quem leu os arrazoados ficou com a sensação que para o homem um eventual encerramento da PRAFIL deve ser imputada a Álvaro Amaro (tal como lhe imputou o fim de outras empresas em Gouveia...) que nada fez para evitar os salários em atraso.
Que aleivosia, que disparate refinado, que mau gosto, que horror... O que uma pessoa, mesmo não pensando dessa forma, se permite escrever ou deixar que escrevam por ele!!!
O que mais enjoa é que essa personagem admite que nunca bateu à porta do Presidente da Câmara para nada. Nem para o informar que os salários não eram pagos, nem para lhe dar conta da situação dificil da empresa, nem para pedir uma ajuda humilde.
Então o que queria afinal o cidadão? Que o Presidente, mesmo desconhecendo tudo, tivesse que intervir como se soubesse de tudo. Que paradoxo, que contra-senso!!!
Está-se mesmo a ver que o trabalhador em causa foi partidariamente instrumentalizado com a sua própria infelicidade, o que é triste (muito triste) para um ser humano que necessita da solidariedade e da ajuda de todos, do Presidente da Câmara em primeiro lugar, a quem absurdamente fechou a porta.
Os comentários que agora se ouvem reproduzem o aforismo 'Pobre e mal agradecido', havendo ainda quem acrescente que com esta sua proeza, ganhou dois momentos de Jornal, mas pode ter perdido um aliado.
O que eu acho é que sem ganhar qualquer batalha, arrisca-se a perder a guerra. (SÓ)...cialista.