Neste ano de 2009 realizam-se três eleições. Em Junho, seremos chamados para as Europeias, onde 'votaremos' em deputados para o Parlamento Europeu e em 'causas' que dizem pouco à maioria das pessoas. Lá estaremos a cumprir um dever cívico... Em Setembro ou Outubro, elegeremos o próximo primeiro ministro, o que já diz muito a muita gente e ainda bem, porque é do futuro do País que se trata - quem não está bem deve mudar - e escolheremos o próximo Presidente da Câmara em eleições autárquicas que costumam 'aquecer' as terras e ser muito participadas.
Como é normal a nove meses de distância, já se fala em Gouveia nalguns cenários e em vários nomes. Com todo o respeito pela CDU, pouco interessa o candidato que irá apresentar. Não terá possibilidades de ganhar, pelo que ninguém (com excepção do próprio partido) perde tempo a efabular quem será o escolhido. O PS vive tempos de absoluta inoperância e desnorte, sendo que a opinião mais ouvida é que não tem no momento candidatos potencialmente ganhadores. O mais natural é que se auto-proponha o presidente da concelhia, Armando Almeida, que só por milagre se imporá aos eleitores. Outros há que esperam conhecer o nome do candidato do PSD para depois decidirem se põem a cabeça de fora ou se se mantêm quietos. Se o PSD apostar na reeleição de Álvaro Amaro, dificilmente algum destes socialistas se atreverá a avançar. Se o actual Presidente mudar de rumo, lá estará o PS a degladiar-se e a dividir-se. É a contar com esta fragilidade da oposição que já se fala numa candidatura independente, protagonizada por Luis Carrilho e apoiada pelos 'litigantes' do Presidente. Uma aventura deste género, assente na retaliação e na disputa pessoal e despida de causas mais nobres, está, para mim, votada ao fracasso. Mas seria interessante que os criticos do actual executivo trocassem a Praça de S. Pedro pelos boletins de voto, para saberem quanto valem e para permitirem que os Gouveenses os pudessem escolher... O PSD tem alternativas, falando-se obviamente na continuidade de Álvaro Amaro e, se este sair, na sua substituição por Carlos Peixoto ou Joaquim Lourenço. O que acontecerá ou não, saber-se-á em breve. Caberá depois aos candidatos dizer o que querem para o Concelho e aos eleitores escolher qual deles merece traçar o destino dos próximos quatro anos.