quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A televisão e/é a crise




A televisão é perversa.
E é mesmo pois! Olhem para lá para dentro com cuidado e vejam se não tenho razão. Imaginem há 100 anos alguém a olhar assim tão fixamente para uma coisa. Uma coisa perversa é o que aquilo é.
As pessoas que tenho como mais eruditas e fortes de espírito dizem de forma descansada que não vêm televisão. “A televisão polui-me a mente”, dizem “e eu não deixo que isso aconteça”.

Vejamos o poder destas coisas geridas por seres manipuladores: Um dia todos os canais davam em anunciar o fim do mundo em que só se safa quem tiver mais riqueza para comprar a passagem para o outro lado. Divagando… Era malta logo a matar, roubar e a pilhar para amealhar para a passagem. Claro, nem todos, só os que vêm televisão, e desses nem todos iam cair na tanga e não saíam de casa na euforia dos mais tolos.
Sim, o mundo ia ficar dividido entre os que pilhavam e os que seriam pilhados. Os tais que ficaram descrentes em casa, seriam as vítimas directas dos loucos que amealhavam o que aparecia.

Bem, não sei se tal seria assim tão caótico, mas para quem não acredita pode ver já um ensaio dessa cena que descrevi. É fácil, ligue a sua TV e espere pelo noticiário. Depois lentamente observe as ruas deste País em 2009 e assista.
Assista mas não se envolva no acto nem se deixe pilhar. Pense assim: é só um ensaio do que poderia acontecer se a televisão quisesse.