A Quimonda, empresa de componentes informáticos com sede na Alemanha e com uma representação em Portugal, empregando, só no nosso país, quase 2000 pessoas, acabou de se apresentar à falência num Tribunal de Munique.
Ou esta iniciativa não passa de uma estratégia para forçar os credores a aceitar as suas condições de pagamento das dividas e o Estado Alemão a injectar mais uns milhões na empresa ou, se não for assim, avizinha-se mais uma tragédia social e laboral no Norte de Portugal (no centro, já bastam 0s 400 despedimentos anunciados na Citroen de Mangualde, aqui bem perto).
É curioso que na passada semana, José Sócrates, disse, em tom heróico, na Assembleia da República, que Jerónimo de Sousa, então a dissertar sobre este flagelo, não falava da Quimonda porque se o fizesse teria de realçar o excelente trabalho que o seu Governo levou a cabo para que a empresa não encerrasse.
O resultado está à vista. A pura realidade dos factos diz-nos que o Primeiro Ministro fez propaganda, como é seu timbre, mas não falou a verdade. O seu Governo ou nada fez ou foi ineficaz.
É neste foguetório de desinformação e manipulação que vive o Estado Central, mas a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima. Se este episódio fosse uma lição, Sócrates passaria a ser mais comedido e menos comediante. Mas não é. Não tarda, vai brindar-nos com novas 'conquistas' que assumirá como suas ou do seu Governo. E assim irá andando, até o Povo se fartar, o que também não tardará. Para bem deste bocadinho de Europa...