sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Outra vez Sócras...

























Meu caro Noddy: Paixão? Paixão é o que têm os Portugueses pelo 'nosso' José. O sócrates, sabes? Aquele Senhor que resiste a tudo. Primeiro foi a sua propalada tendência gay, nada alheia à circunstancia de ter sido considerado um dos cinco politicos mundiais com mais glamour e com mais 'corpo' para os seus fatos Armani.


Depois, foram os projectos daqueles mamarrachos horriveis da Guarda, que mesmo assim o ENG. não conseguiu idealizar nem desenhar. A troco de uns cobres, fez uns jeitos a colegas seus da Câmara daquela cidade, que lhe pediram para assinar documentos que não eram da sua autoria, o que podendo ser banal neste país banana, é impróprio para um homem que é hoje Primeiro Ministro.


Veio a seguir o escândalo do seu curso de engenharia tirado 'Ao Domingo' numa Universidade indigna, deixando a sensação que os cobres ganhos nas suas malfeitorias guardenses serviram para alguma coisa.


Agora fustigam-no com o caso Freeport e com as suspeitas de que recebeu luvas, das grandes, para viabilizar aquela área comercial em Alcochete.


Perante estas revelações, o nosso Povo o que diz ou faz? Nada. Continua apaixonado pelo Senhor.


Esta paixão, como aquela de que fala o outro escriba deste blogue, é como uma incapacidade acidental. Passa, mas enquanto dura é autista, cega, irrascivel e irracional. A paixão é isto. É um sentimento que nos domina, que tem mais força que nós, que nos corroi e que nos afunda o pensamento. É uma doença, uma obsessão, uma impossibilidade de controlo, uma força que nos leva para onde ela quer e não para onde nós queremos.


Neste estado, o intelecto tende depois a transformar a paixão em amor e respeito. Como o Senhor não é amado, a não ser porventura pela namorada, os portugueses tendem a passar da fase da paixão para a fase da compaixão.


Não tarda, o homem, pródigo na auto-vitimização, já inspirará pena e será merecedor de clemência. Isto, está claro, porque a Justiça não tem resposta célere para casos complexos e agora até tem de se confrontar com a novissima doença de Parkinson do seu tio e com a impossibilidade médica (comprovada por um amigo de José) de prestar depoimento no caso que pode desfraldar e por o inefavel José Socrates a pão e laranjas ou debaixo de um qualquer coqueiro no Brasil.


Mas como não é isso que vai acontecer, o lider do PS ainda acaba por se demitir para provocar eleições antecipadas e ir a votos antes do escândalo rebentar a sério. Como tem a compaixão de quase todos, arrisca-se a ser outra vez o Primeiro. Parabéns Portugal.