Disseram-me que vários cidadãos do Concelho têm recebido telefonemas em casa de empresa(s) de sondagens.
É natural. As eleições autárquicas estão aí e alguns dos partidos e dos candidatos a candidatos não estarão dispostos a jogar à 'cabra cega'.
Ninguém quer ser 'carne para canhão' e antes de decidir se avança ou não para sufrágio, é compreensivel que pretenda obter o conforto de um estudo de opinião que avalie as suas aproximadas possibilidades de ganhar.
Pelo relato que me fizeram, admito que turtuoso, o primeiro teste terá sido feito há cerca de 2 ou 3 semanas.
Uma das perguntas feitas aos inquiridos, não sei se a única, porque não tive a sorte ou o azar de ser interpelado, era a seguinte (mais coisa menos coisa): Prefere Armando Almeida, João Amaro ou José Mota?
Não sei quais foram as respostas nem os resultados finais.
Mas há duas evidências que ressaltam. A primeira é que este estudo foi encomendado pelo PS. A segunda é que não agradou ao PS.
Foi encomendado pelo PS porque os nomes referidos assim o indiciam e porque, por norma, são os partidos que estão na oposição quem mais tem necessidade de medir o grau de notoriedade das suas 'tropas'.
Também por regra, quem está no poder já se sujeitou directa ou indirectamente a escrutínio e tem uma ideia mais fidedigna (ainda que sempre incerta) da imagem que tem perante os eleitores.
Não agradou ao PS porque depois dessa sondagem, foi encomendada uma outra, ainda em curso, que afasta do cenário eleitoral aqueles três nomes e lança um outro chamado Santinho Pacheco.
Quer isto dizer que aquelas três personagens poderão não ter tido a aceitação do Povo que o PS esperava, o que levou o Partido a ter de experimentar um regresso ao passado, tirando da 'cartola' o antigo Presidente da Câmara.
Nada se me oferece dizer acerca das escolhas que cada Partido faz, mas preocupa-me que a capacidade de regeneração e de inovação da classe politica socialista possa ser tão decepcionante.
Mal caminha uma Organização (partidária ou outra) quando não consegue arranjar alternativas de futuro e de sucessão.
A sondagem pode dar uma margem de erro minima ou mesmo nula. Mas o resultado final será sempre errático, seja ele qual for.