Não tenho dúvidas de que o nome de Vergilio Ferreira diz muito a muitos Gouveenses, embora se possam contar com os dedos de poucas mãos aqueles que já leram uma obra sua.
Este expoente da escrita e da cultura portuguesa, só por ser natural da freguesia de Melo, tem o 'nosso ADN'. É gouveense e isso basta para nos encher de orgulho.
No próximo Domingo, pelas 11 horas, a sua memória vai ser recordada uma vez mais na Biblioteca baptizada com o seu nome, com a entrega do prémio do concurso de 2008 que o Municipio instituiu e que no ano passado foi ganho por uma escritora lisboeta.
Nesse acto, vão ser anunciados os 'Ciclos Vergilianos' que terão lugar em Gouveia nos próximos dias 7 e 8 de Maio, com um programa que se espera culturalmente rico e que será organizado pela Câmara em parceria com a Universidade de Évora.
Nessas jornadas, o Teatro-Cine de Gouveia contará com a presença dos melhores conhecedores da vida e obra de Vergilio Ferreira, algo que a nossa sociedade civil poderá desvalorizar (o que é pena), mas que os académicos, estudiosos e interessados pelo 'tema' jamais desprezarão.
Embora uma coisa não tenha a ver com a outra, não é despiciendo sublinhar que a Praça de S. Pedro irá sofrer brevemente uma intervenção que também -mas não só- incidirá sobre o local que se vê na fotografia, onde todos identificam o busto daquele que muitos julgam ter merecido um Prémio Nobel da Literatura, o que não deixará igualmente de valorizar a sua personalidade.
Espera-se que com estas iniciativas e com a sua divulgação, possamos, a pouco e pouco, deixar de correr o risco de ouvir uma aleivosia como aquela que recentemente alguém da biblioteca ouviu num telefonema que recebeu com seguinte teor: Estou, é da Biblioteca? É sim. Olhe, daqui é da parte da Direcção Regional da Cultura. Queria falar com o Dr. Vergilio Ferreira. É possivel?
Pior é impossivel... Digo eu!